terça-feira, 29 de julho de 2008

Família II

Alguns sabem da minha história com meu pai, ou a falta dela. Isso, na verdade, não importa muito, afinal, é uma assunto bem administrado pelos meus fantasmas. Eles dão conta direitinho do recado. Interessante é perceber que amor não escolhe muito de onde vem, nem pra onde vai. Aos 18 anos conheci meus dois irmãos, filhos do meu pai: Júlio e Mari. 
Na época eles eram bem pequenos e o primeiro encontro foi marcado por muita curiosidade, uma certa tensão e um amor latente. Lembro que Júlio falou sem parar, contando piadas de português e Mari, muito tímida, queria matar aquele irmão tagarela.
O tempo passou e essas criaturas se tornaram meus irmãos. Apesar da distância, das dificuldades, das diferenças e principalmente, apesar do nosso pai, a gente se ama muito.
Em 2007, Mariana abriu o ciclo das grávidas. Do alto dos seus 16 aninhos, ela teve Júlia. E antes que alguém se assuste com a sua pouca idade, a danada não largou a escola, muito pelo contrário, continua sendo a melhor aluna da turma e cuida da filhota como uma leoa.
Júlia é a minha cara. Linda de morrer. hahahahhahah.
Sinto muito a falta deles e gostaria que a gente morasse mais perto. Amo vocês.






1 comentário:

Unknown disse...

Realmente você é uma pessoa iluminada, Lua. Se fosse qualquer outra pessoa não iria engolir essa história de irmãos filhos de um pai que nunca esteve presente, quanto mais amar! Mas você sabe lidar com essa situação, e sabe muito bem que independente de nossa distância, nós te amamos muito!
Realmente Júlia parece contigo, e é linda de morrer! É a minha paixão, minha vida. Logo, logo você saberá o que sinto por ela. É um amor sem tamanho, sem explicação.
Desejo que você tenha um ótimo parto, e que João venha ao mundo com muita saúde e amor ao seu redor.
Um beijo!