sábado, 31 de maio de 2008

To Zion, João e quem mais vier

Tem coisas que só fazem sentido depois de um tempo.



Estou me achando



Mesmo com cara de sono e os cabelos assanhados, eu tô me achando com essa barriga!!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O começo da história


Não sei se todos sabem como foi que descobrimos a gravidez, afinal, foi tudo tão rápido, que nem agente sabe direito.
Eu e Peu tivemos nossas vidas reviradas ao avesso de uma hora para outra. Vim a São Paulo fazer um curso e recebi uma proposta de trabalho. Ele veio me visitar e também recebeu uma proposta. O que fazer? Voltar para Recife onde estão todos nossos amigos e família ou abraçar essa oportunidade que chegava? Decidimos não nos deixar amedrontar pelo tamanho do desafio e ficar na paulicéia. Claro que não foi assim tão fácil. Foram muitas conversas, muitas garrafas de vinho, muitas contas, até que a balança pesou mais para a mudança mesmo. Estávamos numa zona de conforto muito grande em Recife e mudar nos obrigaria a trabalhar muito mais e crescer muito mais. Tudo certo até ai.
No final de semana que vamos a Recife buscar nossa mudança, resolvi fazer - só por desencargo - um exame de farmácia. Estava trocando de pílula e a menstruação estava uma semana atrasada. Normal, certo? Como é que poderia está grávida se tomei remédio a vida inteira? Não fazia o menor sentido. O teste era só pra me deixar mais tranquila e assim, a bendita descer.
Já que estávamos entregando o apartamento eu e Peu decidimos ficar numa pousadinha em Casa Forte mesmo, perto de tudo. Depois do almoço do domingo, pára na farmácia compra o teste, tudo bem, tudo tranquilo. 
POSITIVO.
DUAS LISTRINHAS VERMELHAS
Na hora é como se tudo fosse uma grande brincadeira, uma pegadinha,sabe? Pensei em várias coisas ao mesmo tempo, mas nada ordenado, nada fazia sentido.
Peu me olhava, com um sorriso nervoso no rosto, tentando me deixar tranquila.
Um filho, uma mudança de cidade, um emprego novo. Muita coisa para pouco juízo.
E foi assim. 
No domingo mesmo reunimos os amigos e comemoramos.
É preciso confessar que a ficha demorou muito a cair. Me toquei mesmo que seria mãe, quando o João mexeu pela primeira vez, já com 5 meses. Era como se naquele momento estivesse se estabelecendo um canal de comunicação entre nós dois. 

domingo, 18 de maio de 2008

Batizado


Nunca imaginei que batizar uma pessoa fosse tão difícil. Dar nome a um ser é a primeira tarefa dos pais e só por aí dá pra ser ter uma idéia do que vem a seguir.
É natural que durante a nossas vidas tenhamos nomes preferidos e mais natural ainda ter certeza do nome que vamos colocar nos filhos. Bem fácil.
Mas não é bem assim.
Eu e Peu tínhamos algumas opções. Antonio (sem acento mesmo) era uma delas. Nossa que fácil. Antonio, então.
Fui a Recife visitar a família e um fato veio a tona. Antonio, no nordeste principalmente, é Tonho, Tonhinho, Tonca e por aí vai. Não havíamos pensado nisso. O nosso Antonio deveria ser simplesmente Antonio. 
Sei que ele vai ter que conviver com apelidos ao longo da vida. Será inevitável, mas nascer Tonho, isso a gente não queria.
Minha mãe havia me alertado para isso. Mães sempre têm razão, é impressionante.
Quando voltei para São Paulo, contei a Peu o que estava acontecendo. Todos os avós, parentes e até amigos já chamavam nosso filhote de Tonho. Tínhamos que fazer alguma coisa!
Depois de muitas conversas, voltamos as nossas opções. Apelamos para a numerologia, santos e orixás. Estaca zero na escolha do nome, impasses e dúvidas. Até que veio João. Simples, direto, forte.
Sei que João também, tem apelidos, mas é diferente - pelo menos para nós. Nosso João chega jaja por aqui. E vai ser simples, direto e forte.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Viagem Insólita


Estou seis meses atrasada. Quase sete, na verdade. E não vou dizer que foi falta de tempo. Foi falta de coragem misturado com um pouco da preguiça que chega junto com a gravidez. É, acho que foi isso sim. Mas aqui estamos nós: eu e o João. Que já foi Antonio, mas isso eu conto depois. Não esperem um diário de bordo com as desventuras em série de uma mãe de primeira viagem. Quero que esse espaço seja uma janela, aberta em São Paulo, mas que dá para o parque da Jaqueira ou para a praia de Boa Viagem. Uma janela meio mágica que me aproxime daqueles que me fazem uma falta imensa. Um buraco na fechadura para que amigos, parentes e quem mais quiser, possa olhar de vez em quando e matar a bendita da saudade.
Espero que vocês gostem e que eu goste mais ainda.
Beijos enormes,

Lua