Alguns sabem da minha história com meu pai, ou a falta dela. Isso, na verdade, não importa muito, afinal, é uma assunto bem administrado pelos meus fantasmas. Eles dão conta direitinho do recado. Interessante é perceber que amor não escolhe muito de onde vem, nem pra onde vai. Aos 18 anos conheci meus dois irmãos, filhos do meu pai: Júlio e Mari.
Na época eles eram bem pequenos e o primeiro encontro foi marcado por muita curiosidade, uma certa tensão e um amor latente. Lembro que Júlio falou sem parar, contando piadas de português e Mari, muito tímida, queria matar aquele irmão tagarela.
O tempo passou e essas criaturas se tornaram meus irmãos. Apesar da distância, das dificuldades, das diferenças e principalmente, apesar do nosso pai, a gente se ama muito.
Em 2007, Mariana abriu o ciclo das grávidas. Do alto dos seus 16 aninhos, ela teve Júlia. E antes que alguém se assuste com a sua pouca idade, a danada não largou a escola, muito pelo contrário, continua sendo a melhor aluna da turma e cuida da filhota como uma leoa.
Júlia é a minha cara. Linda de morrer. hahahahhahah.
Sinto muito a falta deles e gostaria que a gente morasse mais perto. Amo vocês.
