domingo, 18 de maio de 2008

Batizado


Nunca imaginei que batizar uma pessoa fosse tão difícil. Dar nome a um ser é a primeira tarefa dos pais e só por aí dá pra ser ter uma idéia do que vem a seguir.
É natural que durante a nossas vidas tenhamos nomes preferidos e mais natural ainda ter certeza do nome que vamos colocar nos filhos. Bem fácil.
Mas não é bem assim.
Eu e Peu tínhamos algumas opções. Antonio (sem acento mesmo) era uma delas. Nossa que fácil. Antonio, então.
Fui a Recife visitar a família e um fato veio a tona. Antonio, no nordeste principalmente, é Tonho, Tonhinho, Tonca e por aí vai. Não havíamos pensado nisso. O nosso Antonio deveria ser simplesmente Antonio. 
Sei que ele vai ter que conviver com apelidos ao longo da vida. Será inevitável, mas nascer Tonho, isso a gente não queria.
Minha mãe havia me alertado para isso. Mães sempre têm razão, é impressionante.
Quando voltei para São Paulo, contei a Peu o que estava acontecendo. Todos os avós, parentes e até amigos já chamavam nosso filhote de Tonho. Tínhamos que fazer alguma coisa!
Depois de muitas conversas, voltamos as nossas opções. Apelamos para a numerologia, santos e orixás. Estaca zero na escolha do nome, impasses e dúvidas. Até que veio João. Simples, direto, forte.
Sei que João também, tem apelidos, mas é diferente - pelo menos para nós. Nosso João chega jaja por aqui. E vai ser simples, direto e forte.

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